
Francesco em foto para a entrevista da revista Veja.
Francesco Zizola é um fotógrafo italiano, que nasceu em Roma no ano de 1962 e estudou antropologia(resumidamente é a ciência que estuda o homem). Desde 1986, seus quadros aparecem em revistas internacionais de ponta. Ele recebeu sete prêmios World Press Photo. Em que se destaca, o prêmio de 1996, em que ele documenta a Angola. Além de ter ganho quatro Picture of te Year Award.
Além da ausência de cor, sua preferência sempre foi por fotografias reflexivas, que carregam um simbolismo por trás, muitas vezes retratando o sofrimento e a morte.
Apesar de admitir ser um produto da sociedade ocidental do velho mundo, Zizola busca dar uma visão global a suas fotos, procurando sempre por pontos que provoquem incômodo. Dedicou grande parte de sua carreira a fazer o que ele próprio chama de uma "crônica parcial" de conflitos, acontecimentos e mudanças de sociedades. As recompensas que recebeu, como oito prêmios do Word Press Photo - o mais prestigiado do fotojornalismo - permitiram a ele levar adiante seus projetos pessoais, até que a imprensa começasse a valorizar esse outro jeito de se contar histórias.
Zizola já lançou cinco livros, um deles tem fotos expostas atualmente no Brasil:
Born Somewhere - um ensaio sobre a condição da infância em países ricos e pobres. Mostras no Recife, no Rio de Janeiro e em São Paulo, com temáticas diferentes, traçam um panorama da trajetória do fotógrafo. Outra publicação de destaque é
Iraq - que retrata o início da guerra (2003 – 2010) no país.
Após experiências em outras guerras, Zizola passou três meses no Iraque em 2003, tempo suficiente para se aprofundar nas peças do mosaico que enviava a jornais diários e revistas semanais, para depois conseguir contar as histórias com a cumplicidade que se vê em seus livros e ensaios. Acompanhado de uma lente de 28 milímetros, o fotógrafo foi obrigado a mergulhar em cena.
foto de Zizola tirada em 2004 no Rio de Janeiro
Zizola, hoje é um fotógrafo muito prestigiado e diante de uma entrevista com arevista Veja, veio a seguinte pergunta:
Existe uma preparação para se fotografar na guerra? e sua resposta foi : Sim, e essa preparação é muito importante. Existe um mito de que o fotógrafo de guerra não tem medo, que arrisca sua vida para tirar fotos. Não é bem assim. É importante ser humilde e capaz de ouvir o medo. Algumas vezes, ter até mais medo do que outras pessoas. Quanto mais se teme, mais chance de sair com vida dessa situação. Sair com uma boa foto e sem a vida não faz muito sentido. Zizola possue um ntelecto muito alto e adora retratar o sofrimento das pessoas nas fotos. Ele é um provavelmente um grande artista.
Fonte:http://veja.abril.com.br/noticia/internacional/a-morte-e-o-sofrimento-enquadrados-por-zizola
http://en.wikipedia.org/wiki/Francesco_Zizola